segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mata Atlântica

Mata Atlântica é uma formação vegetal brasileira. Acompanhava o litoral do país do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte (região meridional e nordeste). Nas regiões Sul e Sudeste, chegava até Argentina e Paraguai. Em função do desmatamento, principalmente a partir do século XX, encontra-se hoje extremamente reduzida, sendo uma das florestas tropicais mais ameaçadas do globo. Ainda assim a biodiversidade de seu ecossistema é uma dos maiores do planeta. Cobria importantes trechos de serras e escarpas do Planalto Brasileiro, e era contínua com a Floresta Amazônica. Foi a segunda maior floresta tropical em ocorrência e importância na América do Sul, em especial no Brasil.

· Alagoas cobria originalmente 52% da área do estado; Bahia, 31%; Ceará, 3%; Espírito Santo, 100%; Goiás, 3%; Mato Grosso do Sul, 14%; Minas Gerais, 45%; Paraíba, 12%; Paraná, 97%; Pernambuco, 18%; Piauí, 9%; Rio de Janeiro, 99%; Rio Grande do Norte, 6%; Rio Grande do Sul, 47%; Santa Catarina, 99%; São Paulo, 80%; Sergipe, 32%.
A área original era 1.290.692,46 km²15% do território brasileiro. Atualmente o remanescente é 95.000 km², 7,3% da área original.

O descobrimento e a exploração da Mata
Logo em seguida ao descobrimento, praticamente toda a vegetação atlântica foi destruída devido à exploração intensiva e desordenada da floresta. O pau-brasil foi o principal alvo de extração e exportação dos exploradores que colonizaram a região e hoje está quase extinto. Outras madeiras de valor também foram exauridas: tapinhoã, sucupira, canela, canjarana, jacarandá, araribá, pequi, jenipaparana, peroba, urucurana e vinhático.


Os relatos antigos falam de uma floresta densa aparentemente intocada, apesar de habitada por vários povos indígenas com populações numerosas.
No nordeste brasileiro a extinção foi total, o que agravou as condições de sobrevivência da população, causando fome, miséria e êxodo rural só comparados às regiões mais pobres do mundo. Além da exploração de recursos florestais, houve um significativo comércio exportador de couros e peles de onça (que chegou ao preço de um boi), anta, cobras, capivara, cotia, lontra, jacaré, jaguatirica, paca, veado, e outros animais, de penas e plumas e carapaças de tartarugas.

Hoje, praticamente 90% da Mata Atlântica em toda a extensão territorial brasileira está totalmente destruída. Do que restou, acredita-se que 75% está sob risco de extinção total. Os remanescentes da Mata Atlântica situam-se principalmente nas Serras do Mar e da Mantiqueira, de relevo acidentado.

A biodiversidade
Nas regiões onde ainda existe, a Mata Atlântica caracteriza-se pela vegetação exuberante, com acentuado higrofitismo (vegetais que vivem em meio úmido). Entre as espécies mais comuns encontram-se algumas briófitas, cipós, e orquídeas.
A biodiversidade da Mata Atlântica é maior mesmo que a da Amazônia.

A exuberância da biodiversidade
A vida é mais intensa no estrato alto, nas copas das árvores, que se tocam, formando uma camada contínua. Algumas podem chegar a 60 m de altura. Esta cobertura forma uma região de sombra que cria o microclima típico da mata, sempre úmido e sombreado. Desta forma, há uma estratificação da vegetação, criando diferentes habitats nos quais a diversificada fauna vive. Conforme a abordagem, encontram-se de seis a onze estratos na Mata Atlântica, em camadas sobrepostas.

Da flora, 55% das espécies arbóreas e 40% das não-arbóreas são endêmicas (ocorrem apenas na Mata Atlântica). Das bromélias, 70% são endêmicas dessa formação vegetal, palmeiras, 64%. Estima-se que 8 mil espécies vegetais sejam endêmicas da Mata Atlântica.
Observa-se também que 39% dos mamíferos dessa floresta são endêmicos, inclusive mais de 15% dos primatas, como o mico-leão-dourado. Das aves 160 espécies, e dos anfíbios 183, são endêmicas da Mata Atlântica.

Espécies endêmicas ameaçadas de extinção
É possível que muitas espécies tenham sido extintas sem mesmo terem sido catalogadas. Estima-se que 171 espécies de animais, sendo 88 de aves, endêmicas da Mata Atlântica, estão ameaçadas de extinção. Entre essas espécies estão o muriqui, mico-leão-dourado, bugio, tatu, tamanduá, entre outros.

Recordes mundiais da Mata Atlântica
  • 454 espécies de árvores por hectare – no Sul da Bahia;
  • Animais: aproximadamente 1.600.000 espécies, incluindo insetos;
  • Mamíferos, aves, répteis e anfíbios: 1.361 espécies, 567 endêmicas;
  • 2 % de todas as espécies do planeta somente para estes grupos de vertebrados.
Importância econômica
Da população brasileira, 70% vive na área de domínio da Mata Atlântica, que mantém as nascentes e mananciais que abastecem as cidades e comunidades do interior, regula o clima (temperatura, umidade, chuvas) e abriga comunidades tradicionais, incluindo povos indígenas.
Entre os povos indígenas que vivem no domínio da Mata Atlântica estão os Wassu, Pataxó, Tupiniquim, Gerén, Guarani, Krenak, Kaiowa, Nandeva, Terena, Kadiweu, Potiguara, Kaingang e Guarani M'Bya.
Entre os usos econômicos da mata estão as plantas medicinais (a maioria não estudadas), como espinheira-santa, caixeta, e o turismo ecológico.


Veja esta reportagem na íntegra no site:

2 comentários:

  1. O INDIOZINHO TÁ PARECENDO UM MOROTÓ.. RSRSS

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  2. Esse Alex não tem jeito não viu...
    Hoje estou passando não só para parabenizar a equipe que postou esta matéria, mas, quero agradecer a riqueza de informações aqui contida e pedir se for possível... Vamos divulgar, é muito importante que coisas como estas sejam divulgadas...
    Quero convidar vocês para me seguir no blog: http://amantesdaalma.blogspot.com

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